Doem-me as entranhas. Julguei que ias permanecer por entre as portas escancaradas do meu peito. O coração tenta fugir contigo, mas só restam as sombras das tuas palavras. Já nem encontro resquícios dos teus passos no caminho que percorremos juntos. Deixaste-me aqui sozinha, perdida no silêncio da saudade que de ti tenho. Ainda lês as minhas feridas? Será que sentes o peso do vazio que em mim deixaste? Perdes-te no tempo que não conseguiste encontrar para entregar-me e avanças ferozmente por entre as ondas do mar tumultuoso. Prostrada no chão frio e gelado, estou novamente semi-acordada, presa entre a realidade nua e crua e as minhas memórias onde ainda permaneces, só tu sabes até quando.
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