Eu disse-te o quanto me magoavam as tuas acções, e tu sorriste. Apertaste um pouco mais o meu coração na palma das tuas mãos e continuaste o teu caminho. A cada segundo que as almas em teu redor aumentavam, mais era a angústia que escorria pelo meu olhar em forma de lágrimas. Mas como é possível que não sintas no nefasto orgão que guardas entre as mãos o meu atroz sofrimento? A respiração torna-se escassa, o amor por ti a esvair-se a pouco e pouco. Só mais um cerne, dizes tu. "As minhas atitudes nada significam perante o quanto eu sinto por ti." Apenas outro olhar na direcção oposta a mim. Somente um corpo semi-despido no teu destino. Apenas um pôr-do-sol, que deveria ser meu, admirado por outro núcleo. Palavras que deveriam ser minhas para acalentar esta persona sedenta de amor, entregues por aí, dispersas ao vento. E a cada corte no meu íntimo, cada sorriso prazeroso teu, mais certa acerca dos meus próximos passos, para bem longe de ti.
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