Não consigo negar que foste o melhor que me aconteceu, não tenho como negar que eu tinha tantos planos para nós dois, sonhava viver tantas coisas ao teu lado. Entreguei tudo nas tuas mãos, tudo. Eu não tinha muito a oferecer meu amor, mas tudo o que eu tinha de melhor era teu. Podes fingir que não me amaste, mas eu sentia, eu via nos teus olhos. Infelizmente o destino não permitiu que eu pudesse continuar a amar-te, aprendendo e corrigindo erros para que cada vez mais um se encaixasse no outro. A sorte que era ter-te na minha vida era tão surreal. Mas foi como se as circunstâncias não te quisessem mais perto de mim. E tive que aceitar e seguir em frente, aceitar que ás vezes somos afastados das pessoas que mais queríamos por perto. Eu sofri, sabes? Sofri muito. Hoje não sofro tanto e não choro mais. Mas eu ainda lembro-me de ti todos os dias, ainda penso em como tudo poderia ser diferente. Ainda penso que poderias ter resistido mais a influências externas, poderias ter confiado mais, poderias ter demonstrado mais. Eu sei que também poderia ter compreendido mais, mantido a calma mais vezes, provocado menos. Hoje percebo que ninguém ganhou. Perdemos os dois. Perdi alguém que amei com todas as minhas forças, tu perdeste alguém que jamais encontrarás noutros braços. Um dia, quando a maturidade de outra idade envolver-te, perceberás. E eu vou continuar a amar-te, mas hoje amo-te em silêncio, mas prometo-te que estou tentando corrigir os meus erros, estou tentando ser menos ciumenta e possessiva para que aquele que agora entrou na minha vida não saia com tanta facilidade. Estou tentando maquilhar o meu coração para que ele não perceba que o meu estúpido bombeador de sangue ainda é todo teu. Queres saber um segredo? Eu acho que sempre será.
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