Segurei-te pela mão uma última vez enquanto pedia-te desesperadamente para não ires embora. A angústia que trazia dentro do meu peito confidenciava-me que se te deixasse ir, os meus olhos não voltariam a encontrar os teus. Segurei firmemente o teu pulso enquanto tentava explicar o quanto o meu coração batia por ti. As palavras não fluíram e engasguei-me na vontade de chorar. Lutei contra a teimosia das lágrimas que desejavam brotar e disse-te apenas que gosto muito de ti. Foram parcas as palavras que saíram dos teus lábios, apenas meia dúzia que me alimentaram uma esperança ténue de voltar a ter-te nos meus braços e ser capaz de reconquistar a tua confiança. Queria ter tido a coragem de explicar-te a paixão que me consome a alma e carcome-me o ânimo, a saudade que tortura-me o coração e a falta que me fazes. Limitei-me ás palavras que achei que iam trazer-te de volta para mim e desespero agora por não saber se fiz o suficiente para algum dia ver-te novamente. Não devia ter largado a tua mão e dizer que podias seguir o teu caminho sem antes dizer que te amo e não sei se agora será tarde demais...
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