quarta-feira, abril 14, 2021

It's a sin.

 

 

Não sou fria como aparento ser. Em alguns dias sou seca. Outros sou ríspida. É a minha forma de fugir do mundo, quase como se possuísse uma cápsula protectora. É o meu muro indispensável. O meu jeito complicado de ser. Não quero justificar quem sou e porque sou assim. Mas não sou desprovida de sentires, pelo contrário, sou calor e intensidade. Quando entrego-me a alguém, faço-o mesmo. Com verdade. Com transparência. Com profundidade. Não tenho tempo nem espaço para seres rasos e medíocres. Procuro seres únicos e dotados de várias camadas interessantes de personalidade. Eu sou assim. Rio pouco mas sinto muito. Respondo apenas quando sinto que é necessário. De vez em quando, encontro-me refugiada no meu mundo triste e sem querer falar com ninguém. Uma vez ou outra, sem paciência. Mas quem demora em mim e olha para mim com calma e cuidado percebe: existe um vulcão dentro de mim. Há amor. Há coragem. Há um universo de sentimentos lindos prontos para transbordar. E eles sempre transbordam na forma de um espectáculo pirotécnico e raro. Porque não sou frieza. Sou alma á espera de um olhar com os olhos atentos para perceber os detalhes que importam e o calor que existe em mim.  É parecer gelo e queimar intensamente com cada fibra e cada batimento do coração. É sobre carregar um infindável número de soís em um corpo estranho, diferente e que carrega uma mente que pensa exageradamente.

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