Voltei a sentir o mesmo. O ar é pesado e claustrofóbico por cima de mim e forçar um sorriso neste rosto cansado doí tanto como forçar o coração a não amar. Não sirvo para ser amada, não sei como agir quando o amor chama por mim e não posso exigir que me ensinem. A vida nunca sorriu para mim e tenho medo que nunca o faça. Angustia-me o pavor de acordar a cada dia e continuar a sentir-me assim. Tenho medo de mim porque não sou capaz de solucionar o buraco negro que habita na minha alma. Não sei, não sei sinceramente. A minha mente é o lugar mais perigoso do mundo para se ser. Habitam nela todos os demónios do mundo, escondidos por detrás de muros que sobem até aos infernos. Os pensamentos atropelam-se constantemente e o oxigénio quase que falta nessa confusão. Eu não sou interior digno de existir e não consigo estar aqui sem estar em pânico ao pensar que vou sentir isto durante muito tempo. Eu não vou estar bem amanhã. Nem o dia depois disso. Se calhar estou completamente sozinha rodeada de gente que está comigo. Eu não sei dizer ao certo, mas parece-me ser a pior forma de estar sozinha.
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