Por não saber amar eu não morro. Por não conseguir gostar, por não saber me doar, por não acreditar no sentimento que faz o coração pulsar, por falta de amor eu não hei-de morrer. Não há nada que eu faça com tanta alma como sentir. Sentir demais! Intensamente! Sentir tudo até á última gota. Sentir cada bocadinho daquilo que sinto. Sentir tudo o que desejo e sentir tudo o que espero. Saber bem o que quero e virar o meu mundo do avesso para conquistar. Sentir demasiado e entrar em erupção. Sentir com intensidade e virar um furacão. Sentir e saber que posso magoar-me e seguir em frente mesmo assim. Saber que a queda está ao fim da rua mas avançar contra o vento de qualquer forma. Saber que ninguém ama tanto quanto eu e lutar até ao fundo de mim por esse amor desmesurado. Saber que só desisto quando sentir que é o fim. Não saber ou não querer sentir não é quem sou. Esconder sensações dentro de mim para não me magoar não me completa. Eu choro, recolho-me quando esgoto todas as minhas hipóteses, caio de cara no chão mas nunca deixo de ser assim. Não sei deixar de sentir por cada poro. Não sei dar pouco de mim! Não sei ser pouco de mim! Não sei ser inerte ou sentir aos poucos. Eu perco-me num olhar cor de esperança e já não sei voltar ao meu interior. Mergulho nas tuas palavras e não sei regressar a mim. Sinto o teu toque e não sei o caminho para casa. Não sei esperar ou ir sentindo um pouco a cada dia. Eu sinto agora. Hoje. Sempre. Não sei, nem quero saber, resguardar-me para não sofrer. Não sei ir embora sem tentar antes. Não sei não ficar para ver o que acontece. Não sei sentir a conta-gotas nem proteger-me para não sentir demasiado. Amo até não conseguir mais. Acredito em amor incondicional. Á primeira vista. Apaixono-me por inteiro sem escolher apenas as partes bonitas de ti.
Não sou fácil de sentir, mas quando sinto é com toda a minha alma. Com tudo de mim. E para sempre. Porque eu nunca vou embora a menos que me expulsem de dentro dos corações em que tanto quero permanecer. Sinto. Sinto muito, mas sinto.
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