Sabes, estou cansada. Cheguei a um ponto que não dá mais. Cansei-me de correr sozinha atrás da bola e de tentar apanhar borboletas enquanto tu as afugentas. Gosto muito de ti e tu sabes isso melhor que ninguém, mas simplesmente não consigo esperar mais. Eu não sou uma boneca para brincares comigo, eu caio, tenho sentimentos, eu sofro quando sinto que para ti é indiferente ter-me ou não na tua vida. O pior de tudo é que dizes o contrário, dizes sempre o contrário. Dizes que me queres contigo, mas depois nada fazes. Tu vês as coisas assim? Tu apercebeste-te que sou sempre eu a correr atrás de ti, aliás, atrás de nós? É que se sabes isso não entendo porque continuas a tratar-me assim. Preferia simplesmente que abrisses as portas sem medo de expectativas, sem medo que eu risse da cor do teu coração ou que eu achasse bizarra a forma do teu engenho. Preferia que me deixasses de uma vez por todas. Fico confusa enquanto aperto o coração entre as mãos ao tentar enxugar as lágrimas. E aquilo que sinto faz-me sempre correr atrás de ti. Depois magoo-me claro. Eu contei-te que magoei e desiludi-me tantas vezes e que toda eu era medo por causa disso. Disseste-me que tinhas os mesmos medos guardados dentro de ti mas não ages em conformidade. Tu não tens esse direito. Vou largar-te a mão, deixar a bola a meio campo, esquecer as borboletas e vou ficar aqui á espera que me entregues a bola em mãos ou no banco de jardim á espera que me tragas a nossa borboleta. Não vou desistir, mas vou deixar de insistir, entendes? Não tenho forças para continuar, por isso vou ficar aqui. Se quiseres, vens. Se não quiseres, vai. Mas vai sem olhar para trás.
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