quarta-feira, fevereiro 22, 2012

sorrisos maliciosos.


Sempre que acredito ter esquecido o tom suave da tua  voz, tu sorris dessa maneira desenfreada e a minha alma relembra a sua melodia. Masoquismos desnecessários, dir-te-ia eu, se tivesse a coragem que me falta. Olhares nos meus olhos com desejos acalentados pelo lume ardente de um dia como outro qualquer, não me faz esquecer por completo as mágoas que rasgaste no meu ser. Eu tento a todo o custo marcar a ferro e fogo os dolos que entregaste ao meu espirito e revivo vezes sem conta o quanto me fizeste sofrer com palavras acutilantes, mas esse olhar, esse sorriso e essa tua maneira de ser apagam tudo o que quero sempre saber. Não brinques com esta minha carência adormecida, peço-te. Cala de uma vez as palavras que pretendem ludibriar-me e desvia esse calor que guardas no olhar. Não desejo recaídas dolorosas apenas para sofrer novamente nos teus braços. Não almejo voltar a sentir aquele vazio que preencheu o meu interior num passado tão recente. Cessa todos os sentires que atiras na minha direcção e esquece que eu existo. Não sorrias, não fales, não respires enquanto eu estiver por perto. Talvez deste modo, seja mais fácil eu ignorar a tua presença ainda que tudo o que sou implore para que o meu coração diga como realmente se sente...

6 comentários:

Catarina Luna disse...

quanta perfeição nestas palavras.

TDelMona disse...

oh, tão bonito o:

Rute Neves disse...

tu escreves tãããããõ bem!

#Suzimara disse...

nossa que forte. adorei flor *-*

claire disse...

isto está uaau

Rita disse...

Está absolutamente extraordinário, fantástico! *