No meu subconsciente, juro que te matei pelo menos três vezes. Os pensamentos corriam a mais de 100km por hora e esqueceram-se de alertar-me que eu nunca gostei de violência desmedida. Não desta maneira. O sangue que escorria era não só teu mas dos dois, nesta confusão que armei no silêncio do meu ser. Mesmo que te esvaísses nesse líquido espesso e escuro, o que realmente me preocupava era saber que continuavas vivo no meu coração. Poderia cessar-te o respirar inúmeras vezes que continuarias a atormentar-me nesta falta que sempre me fizeste. Esta insanidade teima em colar-se ao meu tronco e as amarguras deste amor não se desvanescem por mais que eu tente. Se roubar-te a vida resolvesse esta solidão que a cada arritmado segundo me envolve a alma perdida, presumo que em diversos momentos do passado teria apertado o gatilho, diluído veneno na tua bebida, esfaqueado o teu débil pescoço ou neste delírio constante que me cicatriza a vontade de continuar a existir, ter-me-ia abraçado á forma irregular do suícidio que intermitamente convidava-me a abandonar esta magoada respiração...
3 comentários:
oh, muito obrigada :)
De nada! (: Adorei este texto! *-*
obrigado querida $:
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