sábado, dezembro 10, 2011

it's like suicide.


No meu subconsciente, juro que te matei pelo menos três vezes. Os pensamentos corriam a mais de 100km por hora e esqueceram-se de alertar-me que eu nunca gostei de violência desmedida. Não desta  maneira. O sangue que escorria era não só teu mas dos dois, nesta confusão que armei no silêncio do meu ser. Mesmo que te esvaísses nesse líquido espesso e escuro, o que realmente me preocupava era saber que continuavas vivo no meu coração. Poderia cessar-te o respirar inúmeras vezes que continuarias a atormentar-me nesta falta que sempre me fizeste. Esta insanidade teima em colar-se ao meu tronco e as amarguras deste amor não se desvanescem por mais que eu tente. Se roubar-te a vida resolvesse esta solidão que a cada arritmado segundo me envolve a alma perdida, presumo que em diversos momentos do passado teria apertado o gatilho, diluído veneno na tua bebida, esfaqueado o teu débil pescoço ou neste delírio constante que me cicatriza a vontade de continuar a existir, ter-me-ia abraçado á forma irregular do suícidio que  intermitamente convidava-me a abandonar esta magoada respiração...

3 comentários:

tatiana disse...

oh, muito obrigada :)

Andreia disse...

De nada! (: Adorei este texto! *-*

Cristiana Lourenço disse...

obrigado querida $: