Lembras-te de mim sempre que estás a fugir da minha memória. Sou alguém
que alcanças mas nunca guardas no teu peito. Sou alguém que permites que
toque na tua pele, apenas por breves instantes, mas que repeles antes
que consiga guardar essa sensação dentro de mim. E tu? Tu és quem eu
nunca conhecerei de verdade. Sinto que não me amas realmente, mas não
consigo desistir ainda. Eu poderia dar-te tudo o que quisesses, as
estrelas, o sol e a lua, mesmo assim, nada seria suficiente. Eu não
seria suficiente. Tudo o que o meu coração desejava era encontrar no
fundo do teu olhar aquela certeza que eu era realmente a mulher da tua
vida. O amor que querias contigo para sempre. Como se soubesses que
nunca irias deixar-me. Como se soubesses, sem centelha alguma de dúvida,
que seríamos para o resto da vida. Diz-me, sem hesitares, que é altura de permitir-te partir porque sabes perfeitamente que eu não sou capaz de deixar-te ir. A única dor maior que dormir sozinha é dormir com o fantasma do teu amor. Eu deveria ter sido capaz de perceber que o teu sentimento era pueril e jamais seria duradouro. Tudo o que eu abdiquei de sentir para poder ser alguém que poderias ser capaz de amar para nem saberes dar valor. Nem acredito que escolhi amar-te quando sabia desde o início que este sentir proibido iria ser a minha ruína. Custa ainda a crer nas escolhas que me levaste a fazer para no final eu ser tudo menos tua...
Sem comentários:
Enviar um comentário