Eu deveria ser romântica e sonhadora como as personagens que vemos nos filmes. Comecei a acreditar que se dançasse ao som da música por mais alguns momentos, eu conseguiria sentir a melodia. Quando te vi pela primeira vez, eu quis voltar atrás no tempo. Quis ser um pouco menos para regressar ao nível que experiencias. Eu gosto de pensar que despertas em mim a vontade de ser alguém melhor a teu lado. Gosto da forma como me sinto quando deito a cabeça no teu ombro pueril. Eu calo as palavras, e mesmo assim, tu despes-me do meu fôlego e roubas as coisas que eu julgava saber. E eu sei tão bem que fogo com fogo supostamente matar-nos-ia, mas o desejo que nos envolve num abraço faz com que nos sintamos cada vez mais vivos. Dizem-nos que estamos fora de controle e talvez tenham razão. Somos segredo e por vezes sinto sermos pecadores. Mas como podemos evitar este amor que nos devora e consome-nos na beleza dos nossos ritmos? Quando eu permito-me ser vulnerabilidade e mesmo assim escolhes acolher todos os meus defeitos enquanto dizes que me amas, eu admiro a profundidade do teu olhar e tenho a certeza que és a perfeição e o meu único propósito. Somos fogo em chamas. Somos combustão de almas similares. Quando acendemos as palavras, brigamos como leões ferozes. Quando reconciliamo-nos, amamo-nos e sentimos a nossa verdade. Ninguém conseguiria entender-nos e eu nem quero que tentem. Estamos bem assim distantes, longe de tudo o que nos atormenta o coração. Quero-te. És o meu propósito. O meu destino. O lugar para onde devo dirigir-me. Somos fogo e arderemos até ao final, para o bem e para o mal.
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