E se eu fosse como as almas comuns com quem tu afinal querias estar? Dizes não ser de elogios, mas eu sabia tudo o que fazias, como é que tomavas o café e como sorrias envergonhado quando eu deixava-te sem palavras. Falávamos do que farias se tivesses o mundo inteiro a teus pés. Eu fingia despercebida mas no fundo do meu peito eu sempre soube das emoções que me escondias e as tentações que te faziam oscilar. Será que te arrependes do que me fizeste sentir? Vi-me afundar lentamente e sinto que ainda não consegui regressar á superfície. Acho que só pensava em ti. Talvez eu não tenha sido o que queres e não tenha sido suficiente o que te dei. Talvez eu não chegasse para te fazer aqui ficar. O adeus de agora outrora foi um possível para sempre. Um "not quite, but nearly there". Lembro-me ainda de quando dizias para não preocupar-me e deixar os dias passarem por nós, sem perceberes o que era amar-te. Seguir em frente é o único caminho possível, mas o meu coração sabe bem o quanto vai custar. Não te ter mais aqui comigo, sinto um vazio e um apertar. Quero agradecer-te por tudo o que fizemos juntos, correr atrás, fazer, crescer, confidenciar. Diria que fizemos tudo. Eu só queria perceber como acabámos assim neste quase que nunca chegou a ser. Os dois em lados opostos, eu a sofrer e tu a esquecer. Só o meu coração sabe o quanto eu gostei de ti...
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