Eu só queria abraçar-te e respirar a combinação perfeita de algoritmos químicos que compõem esse teu aroma inebriante. Eu e tu somos inflamáveis. Não consigo encontrar a combinação correcta e acabamos por implodir no início de cada madrugada. Continuas a enganar o meu coração com mentiras e eu continuo a fingir que acredito. Se permanecer assim enredada na ilusão, posso seguir acreditando que é aqui que queres estar. A meu lado. Eu não sei lidar com a dor ou com as voltas que a minha mente dá perante o teu silêncio. É mais fácil ir-me embora sem palavras. Porque é que eu escolho sempre alguém que vai deixar-me completamente destruída por dentro? O que haverá de errado comigo? Não é natural o amor florescer no meu peito, mas sempre que acontece nasce com todas as entregas e intensidades inimagináveis que passo vidas inteiras a controlar. E eu só queria dizer as palavras que guardo no lado esquerdo do peito. Espero que as digas primeiro mas nunca dizes. Entretanto a bolha de amor em que nos envolvi estourou quando o teu olhar fugiu numa outra direcção. Eu sempre tento cair o mais perto possível de um coração como o teu e acabo irremediavelmente por bater no chão com toda a força. E a verdade é que estamos demasiado danificados, meu amor. Demasiado para permanecer um no outro.
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