Eu deixei de ter coração, apenas um rosto delineado por obstáculos conquistados que transparecem em cada sorriso. Não sou mais eu nem nunca mais serei. Não sei se desde aquele dia voltei a ser, mas hoje não sou eu. Sou alma que deixou de acreditar no amor mas que se permite continuar nesta imperfeição de ser. Tudo o que o meu pobre coração almejava era ser da cor do sol contigo, receber beijos que me espremessem mais o amâgo que a face, ouvir falar de magia, contos de fadas com finais felizes e um amor levado pela mão. Eu deixei de ter coração porque não sentir tudo intensamente leva-me a inventar um ser que acredita nas palavras e nas promessas. O vazio dentro do peito leva-me a viver num outro tempo, bem, bem melhor.
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