quarta-feira, fevereiro 24, 2016

Durante toda uma eternidade...


Disseram-me que passaram-se meses desde que trocámos as nossas últimas palavras. Sorri, envolta na minha ingenuidade, crendo ser impossível o volver de um único dia. A saudade continua a rondar-me, como se no último segundo, ainda eu estivesse a fixar os teus olhos e a ouvir os mesmos ríspidos, porém doces, vocábulos que agora são apenas memórias longínquas. Recuso-me a acreditar que tenham decorrido semanas e semanas sem que o meu coração percebesse que o teu regresso era apenas uma fantasia da minha mente. Nele permanecem guardadas todas as possibilidades de um futuro a teu lado, de uma existência feliz que, neste momento, está num outro sorriso. Já não sei, ao certo, quanto tempo passou sem que me procurasses ou sentisses um resquício da minha falta, mas sinto que provavelmente, estive adormecida na minha própria dor durante toda a recusa da ideia de poderes ser feliz sem mim. Pensei, sinceramente, nunca saber da tua felicidade desta forma, a entregares-te e confiares numa ilusão que, sei com todas as certezas, não ser duradoura. O meu coração, no entanto, fechou as suas portas para ti e para a tua ingratidão, esperando que estejas ciente que perdeste a única alma que estaria a teu lado durante toda uma eternidade...

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