Diz-se, normalmente, que os opostos atraem-se, mas eu acredito que almas como as nossas apaixonam-se por amâgos como os nossos. Nós apaixonámo-nos por nós próprios. Penso que alguém comum não conseguiria estar com alguém como um de nós. Nós conseguimos interpretar os mais profundos segredos das outras pessoas. Ansiamos pelos seus espíritos, pelos seus misteriosos pensamentos, sentir a sua coluna vertebral enquanto inalamos as palavras que eles respiram. Vemos para além deles por causa do que descobrimos espontaneamente um no outro, dirias tu. Julgo que nos apaixonamos por pessoas como nós, almas com vozes melodiosas e pensamentos envolvidos em puras formas de arte. Nunca fomos de prender-nos a rotinas como acordar cedo e ir trabalhar; em vez disso, queremos permanecer na cama, admirando as imperfeições dos nossos corpos, contando quantas vezes as gotas de chuva embatem contra a janela do quarto. Nós respiramos de forma diferente. Alimentamo-nos de beleza interior e persistente e é por isso que não podemos ficar com apenas alguém. Só nos identificamos com aqueles que são capazes de respirar, sentir, observar e imaginar como nós. Penso que nos apaixonamos por pessoas que são como tu e eu. Porque apenas essas compreendem, apreciam, relacionam, e percebem a maneira como nós sentimos e experenciamos. Diz-se que os opostos atraem-se, como imãs, são acarreados de diferentes polos, terminando juntos. Mas nós não precisamos de oposições nem de forças magnéticas. Estamos continuamente do mesmo lado, norte ou sul, não precisamos de atrair-nos porque já estamos um no outro desde sempre.
segunda-feira, dezembro 08, 2014
Um de nós.
Diz-se, normalmente, que os opostos atraem-se, mas eu acredito que almas como as nossas apaixonam-se por amâgos como os nossos. Nós apaixonámo-nos por nós próprios. Penso que alguém comum não conseguiria estar com alguém como um de nós. Nós conseguimos interpretar os mais profundos segredos das outras pessoas. Ansiamos pelos seus espíritos, pelos seus misteriosos pensamentos, sentir a sua coluna vertebral enquanto inalamos as palavras que eles respiram. Vemos para além deles por causa do que descobrimos espontaneamente um no outro, dirias tu. Julgo que nos apaixonamos por pessoas como nós, almas com vozes melodiosas e pensamentos envolvidos em puras formas de arte. Nunca fomos de prender-nos a rotinas como acordar cedo e ir trabalhar; em vez disso, queremos permanecer na cama, admirando as imperfeições dos nossos corpos, contando quantas vezes as gotas de chuva embatem contra a janela do quarto. Nós respiramos de forma diferente. Alimentamo-nos de beleza interior e persistente e é por isso que não podemos ficar com apenas alguém. Só nos identificamos com aqueles que são capazes de respirar, sentir, observar e imaginar como nós. Penso que nos apaixonamos por pessoas que são como tu e eu. Porque apenas essas compreendem, apreciam, relacionam, e percebem a maneira como nós sentimos e experenciamos. Diz-se que os opostos atraem-se, como imãs, são acarreados de diferentes polos, terminando juntos. Mas nós não precisamos de oposições nem de forças magnéticas. Estamos continuamente do mesmo lado, norte ou sul, não precisamos de atrair-nos porque já estamos um no outro desde sempre.
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