quinta-feira, setembro 25, 2014

Sombra das árvores.


A saudade que me aperta e molesta o peito relembra-me constantemente o quão forte ainda bate o meu coração por ti. Penso que na profundidade do teu íntimo sempre soubeste da existência deste amor. Desde que tinha quinze anos e desnudamos os sentires sobre a sombra das árvores enquanto aprendiamos a ser seres humanos e a apaixonarmo-nos. Tentei demasiadas vezes deixar-te partir e encontrar alguém que me fizesse sentir da mesma maneira, mergulhada nesta intensidade de sentimentos avassaladores e incompreensíveis, mas não existe alma que me faça sentir da mesma maneira assolapada e igualmente assustadora. Estar junto a ti torna a minha alma mais leve - não só volto a sentir como se tivesse quinze anos novamente, mas também que nunca me sentirei tão feliz e completa como quando estou contigo. Ter-te-ia seguido sempre e para qualquer lugar e sabias perfeitamente disso mas só agora disseste-me que era o que desejavas. Tive medo ao ouvir essas palavras. Medo de quanto ainda te amo, medo de não seres a pessoa por quem estou apaixonada, medo que não me correspondas esse sentimento, medo que me voltes a magoar e principalmente, medo do que significaria tentar contigo. Gostava que pudéssemos regressar á sombra das árvores quando tinhamos quinze anos, que a vida não fosse tão complicada, que pudéssemos entregarmo-nos a um amor doce e devastador sem o receio dos últimos sete anos a nos assombrar o coração e os pensamentos. Foste real ou apenas uma fantasia da minha mente? Julgo que nunca saberei - e é disso que mais medo tenho.

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