O problema é sempre o depois. Após o adeus, fica a lembrança a remoer a memória e as palavras a repetirem-se nos ouvidos. Finda a despedida, remanescem os restos de saliva, o sémen alojado num recanto dolorido do cerne e o sangue que pinga incessantemente do coração que suplica por mais. O teu toque prolonga-se no meu corpo e os músculos, após terem atingido o seu nirvana, ressacam agora na saudade. Todo o meu tronco estremece com a tua ausência pois acordei novamente este amaldiçoado sentimento impregnado na minha pele. Exausta, concluo finalmente que o verdadeiro problema não é haver um depois, mas sim eu permitir que exista um durante.
2 comentários:
está fantástico princesa!
pois é querida, esperamos mesmo que sim.
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