Porque não sei o que é feito de ti, não sei por onde me encontro sempre que estou sem o meu oxigènio (tu).
Talvez te encontre num jardim de emoções, perdido no coreto da saudade, á espera que eu chegue num cavalo alado, flutuando em nuvens de carmesim e amoras silvestres.
E tudo o que pedia de mim era sempre segredo. Simplesmente porque tenho medo que, se disser quanto te amo, que esse sentimento deixe de existir para ti. Que se desgaste nas areias do tempo e que os nossos momentos se esvaiam como se vivessemos numa ampulheta, num rodopio constante de dor e alegria.
Porque sempre que não estás comigo, procuro conforto em outros braços, em confidentes que me ouvem quando preciso, mas nenhum outro possui o que tu és.
A capacidade que tens de eu ser quando te tenho. Mais ninguem tem o teu cheiro, o teu aroma selvagem, os teus cheiros de livro proibido, á espera de ser folheado, á luz da vela que escorre cera numa noite fria de um mês quente.
Procuro abraços porque a carencia que és de mim me impele a isso mesmo. E perco-me em mim, porque não consigo aquilo a que me proponho...
A cada segundo sou relembrada (cruelmente) que não existes para mim enquanto homem, enquanto ser capaz de me amar...
Compreendo (ou tento compreender) que não és detentor da culpa, que tudo te é intrinseco e automático. Mas, mesmo assim, tudo me magoa e angustia... não suporto mais ver-te em outros braços que não os meus, outros lábios a te beijarem, a te possuirem...
NÃO ME É (IM)POSSIVEL DESCOLAR DA MINHA ALMA A DOR QUE A CONSOME E DESTROI LENTAMENTE...
Procuram-se abraços porque sempre que te preciso, tu não me precisas de igual modo, e perco-me em nuvens de lágrimas por achar que tudo é tão injusto...
Procuro abraços... mas nunca os encontro.
3 comentários:
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