Tu, que já foste tudo e mais um pouco, és agora um quase. Eu quase consigo tratar-te como nada. Nessa altura eu quase desisto de tudo, quase ignoro tudo, quase consigo, sem nenhum traço de ansiedade, terminar o dia sem pensar em ti. Quase consigo chegar a mais uma madrugada com a certeza que foi apenas mais um dia com um resto de quase e que esse resto de quase, um dia será nada. Mas um novo dia amanhece e o que foste não se transforma em nada. Eu quase consegui amar-te exactamente como eras. Quase. Justamente por não ter sido inteira para ti, este fim de amor também não consegue ser inteiro. Eu quase não te amo mais, quase não sinto uma saudade agoniante, quase não te odeio, quase não morro sem a tua presença. O problema é que todo o resto de mim que sobra, tirando o quase que sou, não sabe quem é sem ti...
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