quarta-feira, junho 02, 2021

Falta tempo.

 

 

 Falta tempo. Tempo para ser e para amar. Estou cansada de esperar que o tempo não seja meu inimigo e fuja de mim. Tenho as mãos cheias de nada e o coração repleto de medos. Recordo as tuas promessas que caem agora por terra, embaladas apenas pelo vazio. Preferes agarrar-te á solidão que lutar contra o que nos separa. Salvar o mundo e deixar-nos morrer. Estrangular os meus sonhos e fechar os olhos ao que poderíamos ter sido. Sozinha, recordo as palavras que me entregaste naquela tarde de Domingo, vocábulos que pareciam ser sinceros e que trago junto ao peito desde então. Volvidos enúmeros dias, as memórias da tua voz e o aroma do teu perfume são tudo o que me resta. A segurança que me transmitiste com a tua presença esvai-se como fumo e tudo o que resta são as tentativas que fiz em vão para que te lembrasses de mim. Deixo-te ir sabendo que não te consigo fazer ficar, talvez por ser insuficiente para fazer-te feliz ou por teres um espírito de sacrifício que tanto admiro, mas que neste momento tanto odeio...

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