Que tipo de monstros guardo eu dentro de mim que esvoaçam e afugentam quem se aproxima? Sou escuridão completa, solidão incerta e esperança devastadora. De cada vez que acredito em corações mais sinceros que aqueles que me assombraram no passado, volto a rasgar o peito com a dor da decepção e o processo que me devasta recomeça. Volto a cair e levantar-me mais uma vez. As vozes na minha cabeça avisam-me sempre para não confiar, não responder, não acreditar mas eu guardo sempre num cantinho especial aquela ingenuidade reconfortante que me faz crer. Essa mesma que parte o meu coração uma vez, e outra, e outra, e outra. Os monstros continuam aqui, á espera da próxima alma que tente chegar a poucos centímetros de mim. E eu, teimosa e com uma lágrima canto do olho, continuo a sonhar...
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