Quase meia noite e dou por mim a pensar em ti novamente. Acordei a pensar em ti também, é inevitável. Penso em ti ao entardecer e ao anoitecer de igual forma. Os dias passam por mim sempre a correr desde que me deixaste com o coração pequenino. Não me perguntes porque apaixonei-me tanto por ti porque eu não sei explicar, só sei dizer que sim. Não me perguntes porque passo dias sem fim a pensar em ti, a querer ter-te a meu lado e a beijar-te até ao sempre ser hoje. Não me perguntes porque eu não sei dizer... só queria que isto passasse. Porque sei que já não queres nada e eu continuo a querer tudo. Quero-te em mim e tu não estás. Quero o teu sorriso, o teu abraço, voltar a enredar os meus braços no teu pescoço e perguntar-te novamente se não me vais fugir enquanto sorris timidamente e respondes que não. Quero que me venhas buscar para passeares comigo, quero-te a ti. Quero que sintas a minha falta tanto quanto eu sinto a tua. Quero que voltes a dizer que me amas enquanto me chamas de tonta por duvidar desse sentir, quero que me jures que fomos feitos um para o outro e que é só de mim que precisas. Ainda não entendo porque tudo isso mudou. Nem porque continuo a sentir-me rendida quando já não me dizes nada do que eu quero ouvir. Não entendo porque sou nada para ti, não entendo porque continuo a escrever sobre ti, não entendo nada. Não entendo o meu coração, não entendo o destino, não entendo o acaso. Nada faz sentido. Eu precisava tanto que tudo se coordenasse e encaixasse no meu coração, que o meu destino fosses tu e que por acaso escolhesses ficar. Só isso, nada mais. Eu e tu, nós. Mas sei que nada disto vai acontecer e tenho que recomeçar o processo de matar um amor que não pedi, um sentimento que impingiste no meu íntimo contra a minha vontade, um amor vadio e resistente. Deixa estar, um dia eu vou perceber. Ah, e vou aprender a desistir de ti, prometo. Mas por enquanto, só por mais algum tempo, o teu nome faz a saudade voltar.
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