Foram dias em que queria ser qualquer pessoa menos eu. Tentativas de ser melhor, diferente, o que o teu coração pedia rasgavam-me o ser enquanto eu implorava pelo fim. Para quê pedir algo que não está ao meu alcançe para ser retirado tão celeremente como recebi? É a primeira noite de entre uma mão cheia delas em que não me sinto amparada pelas palavras. Corações sujos e mentes repletas de cobardia trouxeram-me a este precípio onde balanço no parapeito da minha insegurança. Sou um Inverno de neve constante que não se cansa de renovar o gelo que cobre o meu coração de cada vez que tento aquecê-lo em fogo vibrante e vivo. Eu teimo tanto em ser Verão, mas uma passagem de cores quentes e amores escaldantes não foi feita para mim. E ninguém conseguiria entender como as gotas do teu trespasse pela minha alma feriram-me mais do que imaginei possível. Sinto-me a cair incessantemente e ninguém me vai amparar a queda, uma vez mais.
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