sábado, maio 31, 2014



Confesso que, ultimamente, já não me sinto a mesma. Estou constantemente dividida entre o que o meu coração me pede e o que a razão me aponta. Sou apenas pedaços do que fui outrora porque enquanto me mantiver longe do objecto de desejo da minha alma carente, nunca serei completa. Vou-me perdendo na conformidade a que habituei os meus dias, ausente por padecer de uma enfermidade que apenas o teu amor poderia curar. A razão repete vezes e vezes sem conta que a distância entre nós é a melhor solução e eu sei, sem dúvida alguma, que nos consumiriamos até nada restar se os nossos corpos voltassem a se tocar e, sobretudo, se os nossos espíritos colidissem.
Estou restrita nesta condenação, abraçada por uma infelicidade tremenda, uma solidão que sobre mim se abate mesmo sem me encontrar sozinha, uma tristeza que me rouba os sorrisos e a capacidade de sonhar. Confinada por esta realidade, as lágrimas tornaram-se amigas recentes, fiéis confidentes no silêncio da noite. Embora ninguém conheça os sentimentos que guardo dentro de mim, a única pessoa que eu gostava ou precisava que soubesse eras tu,  assim albergaria decerto, paz de espírito, sabendo que embora nunca pudesse voltar a este amor que nunca esqueci; terias consciência que o amor que sempre sentira por ti, nunca iria morrer, fossem quais fossem as circunstâncias em que nos encontrássemos...

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