quinta-feira, junho 13, 2013

A outra.

 
 
Assim como qualquer rapariga, também tenho as minhas crises de insegurança e momentos em que a auto-estima esconde-se num lugar bem profundo. Sempre fui desconfiada, levando as minhas teorias infundadas a novos níveis de extremidade e de loucura. No entanto, nunca calculei que fosse possível seres tu o causador de todos os meus medos e receios, paranoías e nervosismos. De maneira alguma poderias ser tu. Eu amo-te. És perfeito aos meus olhos de todas as formas possiveis e a nossa relação é tão bonita e maravilhosa que um pensamento destes nunca poderia invadir a minha mente. Com o decorrer dos meses, apercebi-me que a fotografia que eu tirara não era assim tão linear. Descobri que o passado voltava para assombrar-me na forma de uma rapariga que voltava a manter contacto contigo e que todas as minhas inseguranças, eram, afinal, causadas por ti. No momento em que me apercebi disto, o meu mundo ruiu aos meus pés. Um choro incontrolável, suores frios, medo, raiva, nojo- tudo isto atravessou a minha mente naquele instante. Foi terrivel para mim deparar-me com ela tantas vezes. Nenhuma rapariga quer imaginar sequer o seu namorado envolvido com outra, mesmo que seja antes de o teres conhecido, mas ter que ver as suas palavras dirigidas ao teu amor, ver as suas fotos todos os dias, como eu tive que suportar, é extremamente dificil. Saber que os dois estiveram ligados intimamente e que tu jamais poderás equiparar-te a  alguns desses momentos é mais do que alguém pode aceitar e é quase impossivel de esquecer e esforçar um sorriso enquanto finjo que está tudo bem. Não sei como explicar-te de uma maneira que possas sentir empatia por mim, mas isto é mais do que consigo suportar , realmente é. Amo-te com todo o meu coracao e planeámos viver as nossas vidas em conjunto, mas ultrapassar este enorme obstáculo é demasiado para mim. Sei que disseste-me vezes e vezes sem conta que tenho que esquecer o passado e que um dia vou ter que aceitar as tuas experiências vividas, mas esta rapariga parece-me eternamente ligada a ti. Não sei como desprender-me destas inseguranças que me atormentam dia após dia. Quero gritar ( e estou a gritar por dentro ), quero bater-lhe, afastá-la de ti, quero voltar atrás no tempo e fazer tudo de maneira diferente. Estou magoada. Estou mesmo, mesmo muito magoada. E ainda que te ame, a mágoa pesa-me mais no coração do que qualquer outra coisa.

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