something went wrong...

Odeio-te. Já não o nego. Amo-te demais para não te poder odiar nesta situação. Tu dizes que a minha companhia é bastante agradável e gostas de ter-me por perto. Pois sim… só te vejo fazer birra quando não estas comigo.

Quando estás mal ligas-me. Só me das atenção para garantir a minha presença num futuro próximo ou quando te lembras de me dar mais um pedacinho de ternura, brindando-me com beijos egoístas. Ou isso, ou precisas de uma amiga, cargo para o qual estou sempre disponível e presente, cumprindo a minha tarefa com o mais afinado dos primores.

Sinceramente, vejo-me como se fosse o teu cinto preferido. Andas com ele sempre que podes, de vez em quando até lhe dás uso, mas não passa muito disso. Dou-te toda a minha devoção e carinho, qual apaixonada por uma parede. Mas esta parede recebe apenas os envios mais rasteiros. Aqueles nos quais eu aplico toda a minha força para que eles se levantarem da mediocridade tu simplesmente ignoras e afastas com se de moscas incómodas se tratassem.

Não consigo mais conter tudo isto que tenho dentro de mim. A barragem improvisada que tem sido o meu corpo, já está a transbordar e a ganhar furos por todos os cantos e esquinas. Não aguento! Não dá mais para viver a pensar que és só o meu melhor amigo. És isso e muito mais.

Não quero mais forçar-me a mentir a mim própria. Não querias tanto saber porque é que eu amuei quando fomos sair? Pois aqui esta a tua resposta. Não ta digo na cara porque a minha expressão tem um gargalo extremamente reduzido para deixar sair isto tudo e ia simplesmente entupir.

Mas afinal quem é que te mandou ser assim? Ser como és, nem eu me importo. Mas apanhar-me desprevenida, focar a minha atenção a ti, esta sempre comigo, bloquear a minha atenção a ti, fazer com que eu ganhasse um carinho muito especial por ti, fazer-me querer-te só para mim, isso é que foi o erro!

Agora estou empancada em ti, minha bênção e minha maldição.

Se achas que estou errada, por favor desengana-me, porque viver assim já não dá...