segunda-feira, janeiro 01, 2007

Escrevo sempre...


Escreverei até que os meus dedos em sangue fiquem. Escreverei mesmo que apenas os meus olhos vejam as palavras, mesmo que apenas o meu coração compreenda esta manta de sentimentos que se apoderou de mim num qualquer dia. Parei e pensei...pensei no que sou dentro de mim, no que sou fora, no que os que me olham tem de mim, por muito que tente são sempre coisas diferentes. Estou num caminho que não queria, não quero estar, mas que posso fazer se deste caminho não há escapatória?
Escreverei sempre mesmo que nenhuma voz se levante e aplauda por pena, escreverei o que sinto, o que vivo mesmo que o significado apenas esteja dentro de mim.

Escreverei até que as minhas forças não mais existam, mesmo que nada siginifique para quem com os olhos passe por estas malditas palavras que habitam dentro de mim. Malditas palavras que não me dão descanso, malditos pensamentos, malditos sentimentos que de nada valem, que de nada servem, a eles estou presa.

Maldita seja eu que para nada estou destinada, para nada sirvo. Maldita seja eu que nada tenho, que nada dou. Maldita seja eu nesta vidinha tentando olhar em todas as direcções para que ninguem caia, para que lágrimas não seja derramadas como vinho tinto numa toalha de linho. Maldita seja eu que não me canso de querer mais e que por isso nada tenho, anda sou. Maldita seja eu . . . . .

Presa a palavras ditas, a palavras sentidas no silêncio de um carinho

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