segunda-feira, dezembro 11, 2006

A ti que te foste ...


Eu não sei como dizer-te que o vazio que me deixaste está devagarinho a ser preenchido, não sei como dizer-te que está a passar ao meu lado a tua ausência acenando com cara de quem já não volta… Já nada me cheira a cravos, já não os teus passos no corredor do meu coração, agora ouço outros sons, outra melodia mais alegre me invadiu…

Não sei o que me espera, tenho medo, medo do desconhecido, medo do sentimento e da loucura mas aprendi contigo que o medo é um aliado e não um inimigo porque se o sentimos vivemos, tudo o que é desconhecido soa a medo e a vago mas intenso e bom e portanto não vou deixar que o medo me vença…

Desilusões? Trago-as guardadas num cantinho do meu coração, aprendi tanto com elas! Se tudo isto for apenas uma desilusão não sei se poderei crer na verdade pura dos sentimentos mas não quero pensar nisso agora…

Não te digo adeus, a ti que te foste com a mesma rapidez com que chegaste apenas me despeço com um até sempre, na verdade continuarás a viver no meu coração, foste tão especial que não conseguirei tirar-te de lá mas agora posso afirmar com toda a convicção que quero e estou a lembrar-me cada vez menos de ti. Não te esqueci mas já não me recordo tantas vezes de ti…

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