domingo, agosto 13, 2006

Na noite em que as estrelas deixaram de brilhar...


Consigo ser injusta, cruel até, se assim se pode dizer.
Sei que não serve de atenuante, mas a paixão tem esta manía insuportável de matar os sentidos que nos ligam à realidade, e “razão” ou “racionalidade” parecem ser palavras que não existem no seu dicionário.
Fico com a sensação que cada vez te oiço menos, pelo menos não tanto como devia, ou como eu queria que fosse. Se calhar até não é verdade. Se calhar falas tanto comigo como antes, ou até fales um pouco menos, apenas e só por causa das vicissitudes da vida que raramente corre como queremos.
O que sei é que não falas tanto como eu queria, porque adoro ouvir-te falar, adoro o som magnífico que essas benditas cordas vocais produzem e as conversas que tenho contigo parecem fábulas envoltas num manto de perfeição que me deixam normalmente com um sorriso de felicidade extrema por partilhares esses momentos comigo.
E cada palavra que sai dessa tua linda boca sabe a bálsamo, soa a contentamento e conforto para todos os males que me deitam abaixo.

Já não falas tanto como antes, ou pelo menos tanto quanto eu gostava de te ouvir... eu sei que sou injusta e parcial, porque quero sempre mais.

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