E voltaste atrás. Eu queria tanto que desta vez fosse diferente. Que tivesses coragem suficiente para seguir em frente. Para abandonar o passado.
Mas não... voltas atrás como sempre. Humilhas-te. Rastejas. Sei que é mais forte que tu.
Não consigo evitar odiar-te por isso. Odiar-me por odiar-te. Sinto raiva de mim própria nesses momentos em que és frágil.
Vais morrendo aos poucos, sufocado por esse sentimento. E eu morro contigo. Cada vez mais morta. Estou ficando sem ar. Estou sufocando.
Digo-te adeus apenas por dizer. Porque não consigo me despedir como deve de ser. O meu adeus sempre se desvanesce na madrugada cruel. No dia seguinte. Nas horas de jantar do nosso ambiente laboral. Nas nossas conversas banais.
Não consigo ficar magoada contigo durante muito tempo... infelizmente. Não significa que não me importe com aquela alma desprovida de tudo por quem nutres sentimento... só não gosto que te esquecas de mim e que me relegues para segundo plano por sua causa.
Se calhar a culpa de tudo é minha. Deixei-te mal acostumado. Fiz todas as tuas vontades. Aturei as tuas loucuras. As tuas formas de querer. As tuas lágrimas essenciais. Ficaste mal acostumado, sempre á espera que eu esteja lá quando precisas. Mesmo que antes me tenhas batido, magoado, esfaqueado e até morto. Mas não... apenas me ignoraste como de costume.
Era preferivel que me matasses penso eu por vezes. Que me odiasses. Que não voltasses para mim quando não tens aquela pessoa. Quando de mim necessitas.
E odeio-me por te aceitar de volta. Por estar de braços abertos á tua espera. Por não te conseguir dizer não...
Quero fugir daqui, de mim, de ti... de nós.
Quem me ajuda?
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