terça-feira, junho 27, 2006

A transparência do esquecimento


Não, não vou pedir para não me esqueceres, apenas lembrar-te que um dia já te esqueceste de mim...
E é tão transparente que hoje não sei se vale a pena lutar por ti, ou deixar que o vento te leve...
Mas não faz mal, porque fico assim encostada ao vidro que me opões, a ouvir constelações azuis e gargalhadas macias, enquanto o uivo desse vento nos mostra a direcção que havemos de tomar.

Sei que estás aí, mas nunca saberei o quão perto estás para me abraçares quando o abraço é tudo o que preciso. Nunca saberei sequer, mesmo te tendo, se serás meu de verdade, porque como diz a música...

Ninguém é de ninguem, mesmo quando se ama alguem...

{Não sei se o que escrevi acima será mais apropriado a ti, ou a mim. Porque afinal de contas, todos caimos no esquecimento de alguem, nem que seja uma lembrança figurada, adormecida no tempo louco da consciência}

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