quarta-feira, junho 20, 2012

desistir de ti.




Tu continuas a fingir que és forte e auto-suficiente. Tens a certeza que nada te derruba por mais que tente. A razão está, indubitavelmente, a teu lado. Permites, demasiadas vezes, que o teu corpo esteja presente e o teu espirito vagueie para longe... Acreditas na permanência das almas que conhecem a tua essência emperdenida por mais amargo que seja o sabor das tuas palavras. Tens um interior insensivel, quase inumano que á muito esqueceu o que é sentir-se criança. Olvidaste o que significa render-se aos afectos e bloqueias qualquer gesto de carinho que tente entregar ao teu coração. Perguntaste-me se eu queria desistir, escondendo nessas palavras o medo da minha decisão. Eu não te respondi claramente mas não se tratava, neste momento, de uma vontade da minha mente ou de ouvir sabiamente os vocábulos pronunciados em silêncio pela voz da razão. Permiti que o meu coração abrisse os olhos na tua direccção e neste instante, reconheco que cada segundo de ausência tua, provoca o desmoronar constante do meu amâgo. Sou pedaços de saudade quando não sinto o calor do teu sorriso, não vejo o teu nome escrito no visor do meu telemóvel, não absorvo o odor do tabaco que ferozmente devoras. E o olhar, os teus olhos cor de céu são o que fazem o meu sangue fervilhar e arder num misto de emoções. Se eu queria desistir de ti? Eu poderia acolher em mim esse desejo, mas apercebo-me agora que já é demasiado tarde para retrair as minhas emoções e adormecer a paixão que aprendi a nutrir por ti...

4 comentários:

Catarina disse...

Gostoo tanto :)

Amanda Benning disse...

Teu texto tá lindão. Mas me diz, que tema é esse do teu blog? *-*

Amanda Benning disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
- Susana . disse...

gosto tanto!