Este sangue que me corre nas veias foi amaldiçoado. A verdade escurece-me as mágoas esta noite enquanto deixo as lágrimas correrem livremente. Á muito tempo que não chorava por ninguém, sabes? Não gosto de me sentir frágil e insegura. Não me agrada, de todo, que me guardem o coração nas mãos e depois atirem-no ao vento. As lágrimas aumentam de intensidade enquanto relembro as folhas de papel em branco que guardei esperando, no silêncio de ti, que escrevesses algo que fosse meu. Que me fizesse sorrir. Mas não o fizeste. Escreveste noutra alma as palavras que eu pensei serem minhas e elucidaste o meu querer com a tua negação. E eu sinto-me novamente pequenina, nesta ilusão que eu criei após o teu olhar ter pedido ao meu para ficar. E eu fiquei. Eu sonhei. Eu acreditei. Mas os sonhos, esses, esqueceram-se de ficar no meu corpo á mesma medida que foste deixando fugir o teu olhar do teu. Eu continuei aqui, resguardada das palavras, mas da tua presença em mim não me escondi e por isso choro, neste misto de emoções que me faz sentir enganada e ao mesmo tempo, aliviada.
2 comentários:
este está mesmo brutal. qualquer coisa que precises, podes falar comigo e força ouviste? força!*
gosto do blog. sigo. (:
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