domingo, março 21, 2010

Culpa tua, outra vez.


Estou chateada com o meu coração, e sabes porquê? Por tua causa! Ele não me permite esquecer-te e isto está a tomar-me os dias. Quer-te tanto e de uma maneira tão incondicional, bate tão aceleradamente sempre que vens à minha memória, que se torna impossível acompanhá-lo e pedir-lhe que pare. Ele não admite qualquer hipótese de desistência, e abandonar esta minha luta, seria impensável. Por isso aqui permaneço eu, há dias, há semanas, há meses, em espera de ti. Espero, porque sei esperar, e porque não consigo fazer mais nada a não ser esperar. Mas tu não és um ser previsível, não. De ti é possível esperar tudo sem esperar nada, e é então, que esta espera se torna demasiado desesperante (agora baralhei-te, aposto) e sem qualquer final imaginável.
Toda esta demora está a cansar-me, e entre noites mal dormidas e dias esgotados, eu ainda luto por ti, como se tudo o que me rodeia dependesse disso. Sabes, eu gostava tanto de ser mais racional, meter sentimentos de lado e usar a cabeça, mas este meu coração parvo não deixa, só se consegue focar em ti, e faz de mim um boneco mecanizado, um robot guiado em função da tua pessoa. Era suposto eu já ter desistido, pois era. Era suposto eu ter-te deixado por aí com a tua vida e ter seguido o caminho oposto, sozinha. Mas não. Tu vens e estragas tudo. Retornas à minha vida, apareces do nada, e metes-me outra vez, a cabeça a rodopiar entre sonhos e desejos intermináveis. Voltas a encher-me o coração de esperanças e é assim que ele continua a querer-te aqui, sempre.

Vês amor, é tudo culpa tua.

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