Road to nowhere.

Estendeste-me a mão e pediste-me que te entendesse. Expliquei-te, por meio de palavras simples,  que não se lê um coração através de um olhar. Necessita-se de um mapa, de um caminho traçado e de imensos instantes em comum. Fechaste os olhos e fingiste aceitar o que te dizia, sem duvidares dos meus sentimentos e da minha vontade de compreender a tua complexa essência. Tentei seguir os teus caminhos, sentir os teus vocábulos, saborear a tua alma, mas algumas possibilidades estão-me vedadas. Os teus desejos são, frequentemente, incógnitas para mim e a confusão paira demasiadas vezes sobre a minha mente. Tento percorrer os teus anseios em busca das respostas que tanto almejo, ver o mundo através dos teus olhos, sensoriar o que te faz vibrar e preenche o teu tronco de emoções alucinantes. Quedo-me sempre á margem, incapaz de perceber a tua razão e conhecer o teu coração, ainda que tente colocar-me na tua pele e ser por momentos, quem és, sinto-me sempre impotente perante os desafios que me apresentas e os obstáculos que colocas,incessantemente, em redor do teu ser.