domingo, agosto 18, 2013

Recaída.

 
 
Senti uma dor aguda no peito ao ler cuidadosamente as tuas palavras. Reli-as uma e outra vez, certificando-me do veneno nelas impregnado. Os meus olhos recusavam-se a acreditar no que representavam aqueles vocábulos. Era uma dor lacinante, totalmente diferente das pontadas outrora sentidas no coração. O sofrimento dirigido ao meu peito doía de forma completamente atroz e sem comparação possível. As palavras eram como facas aguçadas que destruíam tudo aquilo em que eu acreditava. A tua ausência, prova irrefutável de que as tuas promessas eram apenas promessas, deixou-me envolvida num vazio que me irrompeu pelos poros, causando-me um gélido torpor por todo o corpo apesar da vaga de calor que se fazia sentir. Esta agonia e esta desilusão doeram demasiado, nao por serem dores que divergem das que infligiste á minha alma durante os momentos em que me magoaste, mas sim porque até hoje, eu sentia no meu amâgo que o teu amor por mim era uma realidade palpável e não somente uma ilusão criada pela minha mente. Sensoriava, até este instante, que seria extremamente improvável que voltasses a partir-me o coração sem ponderares as consequências de tal acto. Acima de tudo, acreditava que o que eu sentia era importante para ti a ponto de fazeres o impossível apenas para evitar que eu voltasse a chorar por tua causa. Afinal, era verdadeiramente uma ilusão acreditar que o teu amor por mim um dia chegara a ser real...

1 comentário:

Cláudia S. Reis disse...

Existem amores assim, que nos magoam mais do que fazem sorrir. Quando assim é devemos avançar sem olhar para trás, por muito que custe! Tem muita força querida.