segunda-feira, agosto 12, 2013

Esquecer o teu nome.


Começo os meus dias, sempre que me encontro sozinha e me deixo envolver por uma música, por um aroma inebriante ou uma recordação marcante, a lembrar-me da tua existência. Abstraída do resto do mundo, pondero se tomei a decisão mais acertada aquando a nossa despedida e se existe algum dia em que não me recorde da cor dos teus olhos ou do sorriso maroto que me dirigias em cada noite que eu esperava por ti. Por todos os lugares que passo, existe uma réstia de ti; uma prova que não foste apenas uma partida da minha imaginação e que o amor que deixei que me percorresse todos os poros foi, efectivamente, real. Ainda sinto o teu aroma no ar, volvidos todos estes anos e todas as tentativas de apagar-te do meu interior. Pergunto-me o que te atravessa a mente quando ouves alguém mencionar o meu nome. Será que relembras todos os instantes em que pertencemos um ao outro, todas as palavras trocadas, os olhares perdidos, os beijos demorados, os intermináveis abraços? Julgo que nunca saberei se ainda pensas em mim tanto quanto eu penso em ti, mas nos momentos de solidão, é sempre na tua direcção que correm todas as minhas mágoas, por mais que eu tente esquecer o teu sonante nome...

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