sexta-feira, dezembro 09, 2011

fuga.



Naquela fria manhã, o azul celestial sussurrava-nos lentamente que chegara a altura crucial. O sol brilhava  a indicar-nos o caminho para um novo e libertador rumo. A nossa fuga seria perfeita e permitiria que houvesse um "nós". Rendida pela desilusão ao proferires palavras incertas, percebi que não tinhas a coragem necessária para largar as amarras comigo e preferiste, em vez disso, desprender-te da minha mão que ficou então enredada na saudade. Decidiste, momentos mais tarde, vagueando na solidão, que a tua alma estava demasiado vazia e que faltava o meu calor no lado direito da cama. Mas as nossas mãos já não se encontravam numa harmonia perfeita como fizeram no passado e havia entre nós alguma estranheza e, atrevo-me a dizer, desconforto. Já não éramos dois apaixonados dispostos a enfrentar o mundo.A cumplicidade esfumou-se na ausência que forçámos os corações a sentirem. As borboletas no estômago á muito que haviam partido. Nesse instante, compreendemos que nós ficámos, mas a oportunidade voou para longe do nosso destino. E, desde esse malogrado segundo, existe sempre o desígnio de procurarmos um pelo outro, mas conhecendo a nossa maldição, deixamo-nos quedar nas lembranças do que poderiamos ter sido...

4 comentários:

Vanessa Santos disse...

obrigada querida, sigo de volta :)

Ana Rita, disse...

obrigada por seguires.
escreves muito bem, sigo **

bruni disse...

que doce, como gosto de cada palavra tua! oh, e tu és incrivelmente simpática <3

Sofia ☮ disse...

adorei mesmo princesa