Parabéns amor, deliciavas-lhe os sentidos. Neste flanar de emoções largadas ao vento, esqueci-me do amor que declamava. A raiva colou-se-me á pele enquanto se abraçavam numa valsa interminável. As vossas combustões espontâneas despoletam em mim, nunca uma paz duradoura. A minha calma é momentânea e perde-se nos vossos beijos de sal.
Oh, e como foste enganador! Julgavas-me absorta na tua alma e incapaz de presenciar a tua personalidade ausente. Pretendeste refugiar-me nos relógios parados no tempo em que era ingénua e voavas livremente no meu coração. Eu abrigo-me agora, nas promessas de um outro céu sempre que me relembro de ti e dela. Ou de vocês. Já não somos nós. Perdemo-nos no destino quando ela se descobriu. E eu choro em cada dia vosso.
Saio para a rua na esperança de encontrar chuva reconfortante a espelhar-me a alma deplorada, mas tudo o que o vento arrasta é a sombra do vosso amor.
Parabéns amor. E beijaste-lhe os lábios que nunca foram os meus.
4 comentários:
obg linda, adorei e já sigo *
está lindo. está mesmo!
não tens que agradecer :) é verdade ! obrigado ^^
Amei este texto!
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