sábado, novembro 12, 2011

(não devia ser) pecado.



Vou contar-te um segredo. Ao contrário do que faço crer, nem sempre a tristeza afaga-me o olhar enquanto o reflexo no espelho sorri. 
Tu consegues envolver o meu coração de papel  nos pequenos momentos em que enredamos as nossas almas. Apesar de não saberes, as tuas palavras são como oxigénio para o meu ser e a ausência de toques entre nós é agora, perceptível aos olhos do meu sentimento. Se te sentasses a meu lado e ouvisses tudo o que nunca consegui dizer-te, o teu coração ficaria do tamanho da nossa história. Encontro-te, mesmo sem estares aqui comigo, em cada letra deste texto, em cada sílaba, em cada tom que atribuo a estas palavras quando as leio no meu interior.
És um menino do tamanho da minha imaginação. Na minha mente, estamos infinitamente entrelaçados nos nossos quereres, sem intervalos ou pausas forçadas. O tempo, nos meus sonhos, está guardado na palma da minha mão e sou eu que controlo a saudade que sentimos um do outro. 
Se lesses o quanto te escrevo nestas entrelinhas e soubesses identificar-te como actor principal definido desde sempre pelo meu pobre e malogrado coração, saberias como me fazes sentir em cada segundo, em cada batimento cardiaco estrangulado pela regra que me coíbe de expressar o meu amor.
No entanto, não faz mal amor, eu consigo ser feliz assim. O meu amâgo,confinado á existência de nós dois, conforma-se sabendo que eu e tu sabemos da nossa proibida história e somos felizes assim, no silêncio deste crime passional.

[ amar em segredo não devia ser pecado...]

2 comentários:

Carina Félix disse...

gostei muito :)
sigo*

Anónimo disse...

obrigada por seguires, também estou a seguir *