domingo, novembro 27, 2011

Esquece.


Esquece. Adormece as palavras que te entreguei seladas com beijos irriquietos. Guarda apenas na recordação as promessas que fizémos um ao outro de nos perdermos uma vez mais neste amor que lentamente nos consome. Se esse sentimento que finges nutrir fosse real, abraçarias o tempo e despojar-te-ias de desculpas ocas e supérfluas. A tua tristeza disfarçada  não se caracteriza como suficiente para confortar a alma que, por causa das tuas falsas juras volta a sentir-se retalhada e suja; abandonada sem culpa do sentimento autodestrutivo que a circunda e consome. 
Digo esquece-me pois a raiva que me tritura as veias e miscigena-se com o sangue combalido controla doravante todos os meus pensamentos e o teu nome foi proibido no meu cerne. Deslembra-me no rosto da eternidade e deixa-me nesta solidão de querer-te sem dever e de amar-te enquanto, simultaneamente, odeio-te.

10 comentários:

filipa eça fonseca disse...

gosto muito, sigo também :)

claire disse...

"Guarda apenas na recordação as promessas que fizémos um ao outro de nos perdermos uma vez mais neste amor que lentamente nos consome." está só fantástico

Anónimo disse...

obrigada minha querida, gostei muito deste teu texto :)

- MartaRibeiro * disse...

gosto muito do teu blog !

Mariana disse...

gostei, seguindo.

Mariana disse...

obrigada (:

ana virgínia ∞ disse...

sigo também (:

gosto muito *

C disse...

tão fofo, gostei mesmo muito.
segues-me princesa ?

mariana capante. disse...

adoro , sigo*

Dário Rodrigues disse...

É com alegria que vejo teu blog com cada vez mais seguidores. Eu sabia que a tua escrita eloquente iria cativar muita gente. E sei que muitos seguidores virão. É sempre saboroso ler um texto teu.

Beijo