segunda-feira, novembro 21, 2011

amanhecer.

" No measure of time with you will be long enough. But let's start with forever."
Edward Cullen, in Breaking Dawn

(Nenhuma medida de tempo a teu lado seria suficiente. Mas começemos pela eternidade.)



Ainda acredito em finais felizes. Acredito em canções de embalar e em mundos pararelos onde tu és a minha metade e sempre que nos tocamos fogo de artificio ilumina os céus compostos de algodão doce. Fecho frequentemente os olhos, deixando-me ninar pela esperança que me aborda em frequentes ocasiões solitárias, e imagino uma encarnação oposta a esta em que sufocámos as chaves na profundidade de nós próprios para que as algemas que nos unem sejam inquebráveis. 
Ainda acredito em finais felizes. Daqueles que se colam deliberamente a uma costela qualquer e fazem-te sentir mais quente. Aquecem-te a alma através de um fogo inexistente mas que inebria todos os desprotejidos olhares. Nós, fumegando de paixão um pelo outro, num ciclo infindável de amor carnal e, sobretudo, espiritual. Almas que se encaixam perfeitamente e aromatizam o ar circundante. Nem sempre tenho certezas que sejas tu a peça crucial que falta ao meu coração, mas em cada pessoa diferente que encontro neste percurso acidentado, procuro, de forma inconsciente, pedaços de ti. Pergunto-me, quase em surdina, por que motivo ninguém consegue ser um pouco de ti.
E eu praguejo com todo o meu cerne pela escolha amaldiçoada que o meu apático coração tatuou-me na pele. Eu, que nunca fui menina de jogar palavras revoltadas, toquei nos acordes da minha voz e senti a saudade ali impregnada.


Being any kind of happy is better than being miserable about someone you can’t have.
Leah Clearwater, in Breaking Dawn

( Ser um pouco feliz é melhor do que estar constantemente miserável por causa de alguém que não podes ter.)



Em cada dia que acordo e vejo-me nesta cama vazia apercebo-me de quanto precisava colocar uma parte de amor no lado mais quente do meu ser. Mas perguntei ao meu intímo se se importava de continuarmos embriagados nesta ausência de afectos enquanto o tempo assim o quisesse; retorquiu que permanecendo nesta privação sentia-se,surpreendentemente, mais ponderado e que, no fundo, era tudo o que ambos necessitávamos. O amor desapegado é feito de improvisos e os monólogos sempre foram os meus favoritos.
Eu sinto que ainda vou alcançar um pôr-do-sol em braços e abraços que farão fervilhar meu coração em forma de puzzle. Por enquanto, vou guardando sorrisos no cantinho da alma e vou-te dizendo baixinho que ainda acredito em finais felizes. Só não creio, de todo, que o meu seja contigo.

4 comentários:

saracosta disse...

obrigada, querida ; também sigo o teu **

joanaf disse...

oh, que querida! adorei

Joana disse...

Obrigadoo por seguires :D
também já estou a seguir, gostei muito do teu blog, beijinhos **

Jú S disse...

aw, obrigada!! mas já é uma grande vitória, para mim :)