sexta-feira, outubro 21, 2011

a rapariga de vidro


Há dias assim, em que sinto que sou de vidro. Sinto que a qualquer momento posso, de tão fragilizada que estou, quebrar. É sempre mais fácil olharmos em redor e culpar qualquer outra pessoa... Era muito mais fácil afirmar que ele tornou-me frágil, que apegou-se á minha alma, que a sua partida eclipsou o meu norte e,descontrolada, atirei os meus destroços em mil e uma direcções. Até certo ponto, acredito que é verdade. Não restam dúvidas que entreguei o meu coração áquele rapaz que fugiu para tão longe com ele de maneira que não tenho a certeza se alguma vez regressará. No entanto, atribuir-lhe a totalidade da culpa seria ingénuo da minha parte, e eu não quero de maneira nenhuma lisongeá-lo dessa forma. A verdade é que eu já estava a ponto de quebrar antes de ele entrar na minha vida. Agora que ele deixou o meu mundo, estou apenas a um passo de partir completamente. O meu problema, no fundo, não é fazer com que alguém se apaixone por mim, é apaixonar-me por mim própria. Durante anos e anos, lutei comigo mesma para aceitar-me como sou e cometi o erro de deixar que outra pessoa tentasse fazer-me feliz, fazer-me sentir mais viva. Mas como posso culpar alguém por não sentir amor por mim se eu nunca me amei?

2 comentários:

- Tita * disse...

Adoro *

Dário Rodrigues disse...

Mais um excelente texto.

Tens toda a razão. Precisas de amar-te primeiro.

Vê estes 2 vídeos:

http://www.youtube.com/watch?v=8yu8xlSJYb8&feature=related


http://www.youtube.com/watch?v=c8ny4bld52I

Beijo