terça-feira, julho 11, 2006

Vou pensando em ti...


Hoje estou a pensar em nós, não sei porquê, de repente todas as lembranças acordaram dentro de mim, quando o mais lógico seria esquecer, seria apagar-te do livro do meu coração. Mas, de repente, comecei a pensar, não sei o que provocou isso, talvez tenha sido uma rosa triste que vi morrer no vaso. O chão ficou cheio de pétalas mortas, desfeitas, como se fosse lágrimas vermelhas que a flor chorou ou talvez o pôr-do-sol bonito que vi, nada restou... nada...

Eu pensei que ia continuar a viver, como antes de entrares na minha vida, mas hoje compreendo que tu ficaste em mim, ficaste na minha vida. Penetraste com força no meu sangue e no coração batendo forte e vira dentro de mim, como se fosse uma presença extra-sensorial, como se fosse um ser ligado misteriosamente a mim, por laços reais que não vemos, mas sentimos. Sinceramente eu não sei mais o caminho que vou seguir, vou tentando esquecer-te, mas torna-se difícil.

Vieste para a minha vida como um pouco de brisa que vem para a tarde quente de verão, vieste simplesmente. Apareceste como um pouco de beleza que eu jamais sonhara ver e que de repente surgiu. Não quero nada alem de ti, tu de hoje, de agora e de sempre. Pensei que amar fosse apenas desejo, contacto de lábios, de corpos, de mãos, aprendi que o verdadeiro sentimento vem de dentro. Das profundezas da alma e do fundo do coração.

Estou só e por isso analiso o que sinto por ti, analiso esta ansiedade, esta vontade imensa de ver-te, de apertar-te nos meus braços, de sentir a tua presença, de ouvir as tuas palavras e ver a tua alma debruçada nesses olhos que são toda a luz da minha vida. Retrocedi pelo meu caminho e pensei que estava na hora de recomeçar a viver, mas senti que não estava só, tinha comigo a sombra da saudade a seguir-me falando-me de ti, falando-me de nós e por isso estou a pensar em ti nesta noite vazia e fria, mas cheia de saudade.

Estou a pensar em nós que fomos algo e hoje não somos nada. Apenas dois estranhos, dois estranhos separados. Estou só e continuarei só. É como se a vida tivesse perdido o sentido, como se o adeus tivesse matado em mim o que eu tinha de mais nobre, de mais belo que era a capacidade de amar. Nada restou para mim restando-me apenas o conteúdo de saudade. Só esta vontade, imensa de apertar-te nos meus braços. Não sou ninguém sem ti, chego a essa conclusão. Estou perdida dentro de mim mesmo e assim ficarei se não voltares! Por mais que tente não consigo esquecer-te.

1 comentário:

Anónimo disse...

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